Perfeição?
Longe disso! Longe de se pensar nesta situação. A situação hoje é outra: crises
para todos os lados. E as crises atingem os mais variados setores de nossa
sociedade e, consequentemente, atingem os lares.
Logo,
surge a pergunta: o que fazer? Praticamente
pouca coisa se pode fazer, mas o primeiro passo é tentar evitá-la. Sempre a
prevenção é a melhor situação. Por todos os lados há panfletos e mais panfletos
abordando os mais diversos tipos de crises – principalmente voltados para o
público adolescente.
Entre as crises,
começo pela econômica. A esta todos estão sujeitos, pois independente, de certa
forma, do nosso querer – mas, indiretamente: pois votamos nos que estão tomando
as decisões políticas e econômicas de nosso país (e não adianta falar que não
votou, pois o voto da maioria vence e estamos num sistema democrático).
Agora, pelo lado
humano – o que mais interessa neste texto: há jovens seguindo caminhos errados
e pagam um preço muito alto – com a própria vida. Começam num pequeno
cigarrinho e logo passam a uso de entorpecentes mais pesados, como o crack ou
algo mais. E uma coisa força a outra, uma ação força a outra, e logo a situação
está irreversível. Por isso é necessário o acompanhamento dos pais cada vez
mais perto e, alguém de fora também pode agir (às vezes até de forma sigilosa:
discando 181 – Disque Denúncia: Tráfico e Uso de Drogas).
E vale lembrar
que o crack age muito rápido. O usuário aspira a fumaça do cachimbo e de oito a
doze segundos chega ao cérebro e já provoca intensa euforia e autoconfiança.
Tal sensação persiste por cinco a dez minutos (diferente, por exemplo, da
cocaína em pó que leva de dez a quinze minutos para começar a fazer o efeito).
Assim, o usuário chega a fumar de 20 a 30 pedras por dia... E, para sustentar o
vício, acaba vendendo coisas/bens da família. E pior ainda: começa a cometer
crimes. Terrível a situação – por isso, vigiemos nossos jovens!
Ainda sobre o
crack, vale dizer que este corta o apetite e o sono do usuário – pois fica
dependente direto da droga. Assim, fica definitivamente vulnerável à entrada de
doenças, como pneumonia e tuberculose – além de atacar diretamente o coração:
aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Provoca, também, lesões no
cérebro (causando deficiência de memória). Quando é uma adolescente grávida:
prejudica o feto, como atraso no crescimento intrauterino e parto prematuro,
além de problemas comportamentais e afetivos. E, a soma de tudo isso é a morte
– não só por doenças – citadas acima, mas as estatísticas mostram que o maior
problema de morte está por dívidas com os traficantes.
Ainda sobre
jovens, alguns não conseguem se identificar – crise de identidade, como dizem
os mais estudiosos. Olham-se no espelho e não se encontram – a imagem que
enxergam não parece ser real. Colocam defeito em todo o seu ser – dos pés à
cabeça. E o pior, e sabemos muito bem disso, é o interior: este é mais
complicado ainda! Principalmente para aqueles e aquelas que possuem questões
referentes à sexualidade, ainda mais numa sociedade em que vivemos, pois esta
tem uma boa parte que é preconceituosa, que não sabe distinguir a mão direita
da esquerda, falando em parábolas, mas apontam os outros (mas se olharem para
dentro de si não vão se encontrar, ou, encontrarão um enorme buraco negro! –
mas tentam julgar os outros).
Também há outras
crises, como as conjugais – e nem sempre são possíveis de serem resolvidas. Os
mais velhos sempre diziam que em briga de marido e mulher ninguém deve meter a
colher. Verdade ou não, mas quem está de fora sempre tem um olhar diferente –
sempre que possível uma ajudazinha é bem-vinda, mas nem sempre apresentam bons
resultados. Às vezes, até pessoas de influência religiosa tentam ajudar, mas –
como citei acima, nem sempre acaba num bom resultado. Temos apenas a lamentar.
E poderia continuar
aqui falando de outras crises, como as religiosas, as territoriais – entre
outras, mas o espaço é este: o suficiente para não deixar nenhum leitor
cansado! Então, vamos olhar para dentro de nós e nos encontrar; vamos praticar
a prevenção, pois esta ainda é o melhor remédio. Publicado em 04/07/2015, no jornal 'O LIBERAL REGIONAL', Caderno ETC, p 02 - Coluna "ESCREVER É ARTE", de PC Alves.
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