sábado, 4 de julho de 2015

CRISES E MAIS CRISES

            Perfeição? Longe disso! Longe de se pensar nesta situação. A situação hoje é outra: crises para todos os lados. E as crises atingem os mais variados setores de nossa sociedade e, consequentemente, atingem os lares.
            Logo, surge a pergunta: o que fazer? Praticamente pouca coisa se pode fazer, mas o primeiro passo é tentar evitá-la. Sempre a prevenção é a melhor situação. Por todos os lados há panfletos e mais panfletos abordando os mais diversos tipos de crises – principalmente voltados para o público adolescente.
Entre as crises, começo pela econômica. A esta todos estão sujeitos, pois independente, de certa forma, do nosso querer – mas, indiretamente: pois votamos nos que estão tomando as decisões políticas e econômicas de nosso país (e não adianta falar que não votou, pois o voto da maioria vence e estamos num sistema democrático).
Agora, pelo lado humano – o que mais interessa neste texto: há jovens seguindo caminhos errados e pagam um preço muito alto – com a própria vida. Começam num pequeno cigarrinho e logo passam a uso de entorpecentes mais pesados, como o crack ou algo mais. E uma coisa força a outra, uma ação força a outra, e logo a situação está irreversível. Por isso é necessário o acompanhamento dos pais cada vez mais perto e, alguém de fora também pode agir (às vezes até de forma sigilosa: discando 181 – Disque Denúncia: Tráfico e Uso de Drogas).
E vale lembrar que o crack age muito rápido. O usuário aspira a fumaça do cachimbo e de oito a doze segundos chega ao cérebro e já provoca intensa euforia e autoconfiança. Tal sensação persiste por cinco a dez minutos (diferente, por exemplo, da cocaína em pó que leva de dez a quinze minutos para começar a fazer o efeito). Assim, o usuário chega a fumar de 20 a 30 pedras por dia... E, para sustentar o vício, acaba vendendo coisas/bens da família. E pior ainda: começa a cometer crimes. Terrível a situação – por isso, vigiemos nossos jovens!
Ainda sobre o crack, vale dizer que este corta o apetite e o sono do usuário – pois fica dependente direto da droga. Assim, fica definitivamente vulnerável à entrada de doenças, como pneumonia e tuberculose – além de atacar diretamente o coração: aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Provoca, também, lesões no cérebro (causando deficiência de memória). Quando é uma adolescente grávida: prejudica o feto, como atraso no crescimento intrauterino e parto prematuro, além de problemas comportamentais e afetivos. E, a soma de tudo isso é a morte – não só por doenças – citadas acima, mas as estatísticas mostram que o maior problema de morte está por dívidas com os traficantes.
Ainda sobre jovens, alguns não conseguem se identificar – crise de identidade, como dizem os mais estudiosos. Olham-se no espelho e não se encontram – a imagem que enxergam não parece ser real. Colocam defeito em todo o seu ser – dos pés à cabeça. E o pior, e sabemos muito bem disso, é o interior: este é mais complicado ainda! Principalmente para aqueles e aquelas que possuem questões referentes à sexualidade, ainda mais numa sociedade em que vivemos, pois esta tem uma boa parte que é preconceituosa, que não sabe distinguir a mão direita da esquerda, falando em parábolas, mas apontam os outros (mas se olharem para dentro de si não vão se encontrar, ou, encontrarão um enorme buraco negro! – mas tentam julgar os outros).
Também há outras crises, como as conjugais – e nem sempre são possíveis de serem resolvidas. Os mais velhos sempre diziam que em briga de marido e mulher ninguém deve meter a colher. Verdade ou não, mas quem está de fora sempre tem um olhar diferente – sempre que possível uma ajudazinha é bem-vinda, mas nem sempre apresentam bons resultados. Às vezes, até pessoas de influência religiosa tentam ajudar, mas – como citei acima, nem sempre acaba num bom resultado. Temos apenas a lamentar.
E poderia continuar aqui falando de outras crises, como as religiosas, as territoriais – entre outras, mas o espaço é este: o suficiente para não deixar nenhum leitor cansado! Então, vamos olhar para dentro de nós e nos encontrar; vamos praticar a prevenção, pois esta ainda é o melhor remédio. Publicado em 04/07/2015, no jornal 'O LIBERAL REGIONAL', Caderno ETC, p 02 - Coluna "ESCREVER É ARTE", de PC Alves.

Nenhum comentário:

Postar um comentário